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sábado, 7 de maio de 2011

"Cada cabeça [e] um mundo"



As caminhadas pelos corredores da uefs, principalmente nos módulos 2 e 3, entrelinhas de  um universo “letrado”, são especiais, mesmo sendo cotidianas. É possível atentar para muito mais do que a ânsia em tirar cópias, DA’s abarrotados de estudantes, a busca por cantinas visando o lanche e a necessidade de correr para pegar o buzú ou entregar um livro na biblioteca...

É muito fácil constatar isso de um modo todo único (o de cada um), bem mais que a amena paisagem e vegetação que circunda quase todas as construções do campus. Lá também figuram estudantes, não só a estudar; professores, não só a professorar; visitantes, não só a visitar; “funcionários”, não só a “funcionar”. Pensa-se sobre o mundo e saberes: festas, trabalho(s), “as últimas!”, ética(s), estética(s), cotidiano(s), vida(s) real(is). Os mais novos integrantes desse ambiente de conhecimento sentam-se em bancos, aparentemente deslocados de outras realidades da universidade (que não as suas), em estados de diversão, de namoro, de conversa (resenha ou qualquer outro termo mais contemporâneo, da hora mesmo) e de estudo (por que sim?). Todo esse universo de sensações, situações, percepções, reflexões e papos, define como é estar numa universidade. Um local “inóspito”, que se apresenta tão diverso e disperso quanto um conjunto de universos (pareceu impensável, tente entender uma universidade?!). Esse é o lugar onde, apenas aparente e/ou inicialmente, se não acontece o que podemos chamar de comunicação, e até educação, ao menos convivem indivíduos segundo relações institucionais e “institucionais” que se conhecem e que se propõem a conhecer e agir, sob os princípios e ideias, sobre o que é e o que deve ser a condição de universitário (incluo tod@s, pra ser mais contemplativo). Assim, a cada novo reconhecimento da classe estudantil, o “passado-presente-futuro” da universidade, é propiciada uma sensação de continuidade, de dever cumprido, crescimento pessoal e repercussão “coletiva”, sentida por amigos, colegas, colaboradores, mas, muitas vezes, não compartilhada, dita ou valorizada entre uma comunidade específica (e, obviamente, não específica também).
Sabe-se que “árvores” de certa disciplina já foram (e podem ser) muito bem estudadas sob as sombras de um belo e inspirador pau-brasil, presente logo depois do pórtico de nossa instituição. É possível estudar letras além dos cadernos e livros. É preciso ir às árvores.


Danilo Cerqueira Almeida

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