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sábado, 10 de julho de 2021

Trecho de "PERTRASIENS", de José Jerônimo de Morais


Segue um trechinho da prosa “Pertrasiens”, de autoria do grande Prof. Emérito José Jerônimo de Morais para fecharmos esta semana!





E tem mais: se quiser nos enviar um trecho de um livro de que goste é só nos mandar aqui, via direct, ou por e-mail: revistagraduando@gmail.com


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quinta-feira, 10 de junho de 2021

Trecho de "Amor de perdição", de Camilo Castelo Branco

Olá, graduandíssim@s!

Que tal um trechinho do romance “Amor de Perdição” de Camilo Castelo Branco?
Confere aí!



E tem mais: se quiser nos enviar um trecho de um livro de que goste é só nos mandar aqui, via direct, ou por e-mail: revistagraduando@gmail.com


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segunda-feira, 7 de junho de 2021

ARTIGO DESTQUE !

 Olá, graduandíssimos,


O artigo destaque desta semana é este: “Da análise da música como gênero textual e texto multimodal ao ensino de Língua Portuguesa”, de autoria de Jéssica Carneiro da Silva, publicado na sexta/sétima edição da Graduando, em 2013.

Desde que foi publicado, este artigo foi citado em quatro artigos, dos quais três foram publicados em revista e um em anais de evento.




E você, conhece algum artigo publicado na Graduando, que foi citado em outros trabalhos? Se sim, deixa aqui nos comentários.

Para mais informações sobre este artigo e os demais trabalhos, basta acessar a página “citações”, que se encontra no site da Graduando (http://www2.uefs.br:8081/dla/graduando/citacoes.htm).


Bom final de semana!

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sexta-feira, 7 de maio de 2021

ARTIGO DESTAQUE!

 Olá, graduandíssimos(as)!


O artigo destaque desta semana é este: “Como e por que trabalhar com a poesia na sala de aula”, de autoria de Eliseu Ferreira da Silva e Wellington Gomes de Jesus, publicado na segunda edição da Graduando, em 2011.




De lá para cá, este artigo já foi citado em 7 dissertações de mestrado, em 8 artigos publicados em periódicos, em 2 produções didático-pedagógicas, em 2 trabalhos publicados em anais de evento, em 1 trabalho apresentado como parte das exigências da disciplina “Diversificadas 7” da Universidade Aberta do Brasil, em 1 atividade de produção de planos de aula e em 1 relatório de estágio.

Uau! 22 vezes este artigo já foi citado como fonte de referência em outros trabalhos! E quanto orgulho para os articulistas que o produziram e para a Graduando, não?

E você, conhece algum artigo publicado na Graduando, que foi citado em outros trabalhos? Se sim, comenta aqui nos comentários.

Para mais informações sobre este artigo e os demais trabalhos, basta acessar a página “citações”, que se encontra no site da Graduando (http://www2.uefs.br:8081/dla/graduando/citacoes.htm).

Bom final de semana!

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

EDITORIAL DA DÉCIMA QUARTA EDIÇÃO



“Deixem uma caneta por perto, sempre que tiverem inspiração.”


Com esta frase, que foi inserida no roteiro de Freedom Writers ou Escritores da Liberdade, filme dirigido e produzido em 2007 por Richard LaGravenese, baseado em fatos sobre o cotidiano de uma professora iniciante, a senhora G., cheia de vontade de mudar aquela realidade, iniciamos o editorial desta décima quarta edição. Assim como aquela professora, ao longo dos meses daquele ano letivo, presenteou e incentivou os seus alunos a adotarem um diário, no qual as suas experiências seriam registradas como exercício de escrita — e, mais do que isso, de vida —, somos igualmente professores que acreditam que um papel, uma caneta e uma boa dose de inspiração sejam a receita certa para contarmos lindas e inspiradoras histórias, implícitas nos textos publicados na Graduando: entre o ser e o saber, revista acadêmica da graduação em Letras, “diário” anual dos atuais graduandos da área no Brasil.

Na Graduando, quantas histórias de vida não estão incluídas na produção dos inúmeros trabalhos, que temos publicado ao longo dos últimos 10 anos? Quantos(as) graduandos(as) “passaram” por esta revista antes de se formarem? Quantos(as) graduandos(as) vimos se pós-graduarem ao longo desse tempo de existência? A resposta para essas questões é apenas uma: dezenas!

Mas, e quando essas histórias não são apenas histórias, mas um meio de formar, profissional, acadêmica e pessoalmente, outros(as) tantos(as) graduandos(as) igualmente iniciantes na arte de escrever sobre teorias e experiências? Quando isso acontece, nós sentimos a vontade e a necessidade de dar voz às ideias e ao que aprendemos, pesquisamos e experienciamos ao longo da nossa formação. Há dez anos ininterruptos contribuímos para que isso seja possível na graduação em Letras. Desde 2010, ano em que esta revista foi criada, variados e numerosos têm sido os trabalhos escritos por graduandos(as), então professores e pesquisadores iniciantes, que começaram a produzir e a dar voz aos seus trabalhos que, atualmente, têm sido baixados, lidos e citados em vários outros veículos de divulgação científica brasileiros e internacionais, como já identificamos e listamos na seção intitulada citações, disponível no site (http://www2.uefs.br/dla/graduando/citacoes.htm) deste periódico acadêmico.

Esses dados, somados ao interesse dos(as) novos(as) graduandos(as) em Letras em publicar e divulgar os seus trabalhos neste espaço de publicação científica, são provas de que tanto a revista quanto os trabalhos nela veiculados são fontes de inspiração e consulta para tantos(as) outros(as) jovens graduandos(as) do nosso imenso, diverso e auspicioso Brasil. Tudo isso significa que aquela receita inicial — uma caneta por perto, papel e inspiração — seja, de fato, essencial para que os(as) graduandos(as) comecem e/ou continuem escrevendo e divulgando os seus trabalhos, seja neste ou em outro(s) periódico(s) que também publique(m) trabalhos de graduandos(as).

Para além disso, nesta edição comemorativa dos 10 dez anos de criação da Graduando, os sentimentos e o desejo de continuarmos inspirando novos trabalhos se renovam, principalmente, porque seguir incentivando e divulgando a ciência, a arte e a cultura é, nestes tempos, um ato de coragem!

C-O-R-A-G-E-M!

Coragem para prosseguir inspirando, incentivando e divulgando os trabalhos dos(as) graduandos(as), especialmente aqueles(as) inseridos(as) em universidades menores, interioranas ou mais novas, pois, parafraseando uma das falas de cena do referido filme, quem sabe possamos mudar, de alguma forma, a vida deles(as), através do incentivo à produção e divulgação científica realizadas nos diversos centros universitários brasileiros.
Nesse sentido, se conseguirmos ajudar a inspirar, a incentivar ou a melhorar, nem que seja minimamente, os rumos da formação acadêmica de um(a) único(a) graduando(a) já estaremos satisfeitos(as), pois, neste ano, que tem sido difícil por conta da pandemia e dos recorrentes ataques à ciência, principalmente à produção científica na área de Humanas, divulgar os trabalhos de graduandos(as) é, para além de coragem, um ato de resistência. Nunca estamos apenas na companhia das referências bibliográficas, mesmo na pandemia.

Resistir! Quantos de nós não estamos resistindo a tanto e a tudo ao longo desses anos, especialmente, neste ano? Quando um trabalho é publicado não se imagina o quanto de esforço, coragem e dedicação foi impresso em cada linha, misturada com a vida de quem a escreveu. Como falar de inspiração sem levar em conta o que inspirou cada trabalho? Como falar de coragem sem refletirmos sobre as inúmeras subjetividades, que imprimiram no papel a sua voz? Como incentivarmos a escrita acadêmica sem antes lermos as várias histórias que estão à nossa volta, principalmente aquelas daqueles(as) que, historicamente, foram silenciados(as)?

Como vemos, muitas são as questões, mas em uma coisa concordamos: todas as vezes que você, graduando(a), seja de que lugar deste imenso país estiver, começa a escrever um trabalho, inspirado na sua atuação acadêmica, profissional ou pessoal, compartilha valores individuais e coletivos, de gerações inteiras, antigas e contemporâneas. Dadas as imensuráveis conectividades planetárias e humanas, tais valores, que orientam objetiva e subjetivamente atividades humanas, podem proporcionar a outros(as) graduandos(as) que também se sintam inspirados(as) a escrever e a publicar, porque eles(as) viram no seu texto — ou em textos que partilham de semelhante reconhecimento —, valores como trabalho, inspiração e coragem.

Firmando-nos nessas ideias, encerramos este editorial com a certeza de que muitas questões ficam em aberto, mas todas elas seguem inspirando outras tantas reflexões, que podem ser retomadas em outros momentos por nós ou por você, caro(a) leitor(a), já que lançamos neste espaço apenas a “ponta” de um enorme iceberg repleto de questões, que poderão ser retomadas, quem sabe, pelos próximos 10 anos da Graduando.

Vida longa à minha, à sua e à nossa Graduando!


Conselho Editorial

segunda-feira, 13 de abril de 2020

SOBRE OS 10 ANOS DA GRADUANDO PARA O(A) GRADUANDO(A)... NA VIDA

Por Danilo Cerqueira Almeida*


Em 13 de abril de 2010, a revista Graduando iniciava efetivamente sua trajetória no ambiente acadêmico, completando a fase inicial de processo que se estende aos dias atuais. Na referida data, a revista era apresentada aos estudantes em uma recepção aos calouros do curso de Letras. Nos dias em que este texto é pensado e escrito, completa-se dez anos desta data, momento mais que oportuno para destacar alguns aspectos sobre minha visão do periódico.

Este texto é uma livre comemoração (ou pelo menos é o que se pretendeu antes de ser completamente escrito). É uma livre lembrança coletiva, para muitas pessoas, sobre muitos momentos, em relação a muitas atividades realizadas. É nesse sentido que é uma comemoração, ou seja, uma memória reflexiva, ou intentada, para valorizar, para o autor e para os leitores, momentos que se deseja destacar por meio da escrita. Assim, para aqueles que, há dez anos, então participaram de alguma forma daquele momento, e para os que foram sendo agregados aos tantos momentos que culminaram nas atividades atuais da revista, agradecer pode ser acrescido de mais algumas ações. Esta é uma delas.

Dedicar um tempo para escrever sobre isso permite que se reflita a respeito do que isso vem significando para a revista ao longo deste tempo de atuação. Escrever, em seus múltiplos sentidos, para esse tipo de trabalho, é viver. “Respira-se academicamente” por meio da escrita e da leitura. Basicamente, seria assim: a leitura (audição, observação, atenção...) seria a inspiração e a escrita seria a expiração... não só a escrita, mas a fala, o desenho, os gestos, os sinais... E perceber que tais ações, que ocorrem dentro e fora deste ambiente tão marcado em nossa sociedade que é a universidade, fazem parte do cotidiano de estudo e trabalho... dois aspectos da vida que devem ser identificados sem jamais serem separados no dia a dia de qualquer pessoa, independente do espaço que ocupe.

Criou-se e ocupou-se um espaço no ambiente acadêmico da graduação em Letras. Esse espaço persiste e insiste em se fazer presente na universidade há dez anos, com a contingência dos semestres, anos, pessoas, atividades e realidades internas e externas ao periódico, mas sempre conseguindo entregar aos públicos dos quais depende e aos quais atende a possibilidade de estar diante de uma criação, ou produção, ou resultado, ou herança... de sua própria existência, de seu próprio tempo, ou seja, de sua própria condição de ser acadêmico que não exclui a expressão de outras maneiras de ser. Entender isso torna-se significativo na prática das atividades da revista quando se percebe que, ao mesmo tempo em que se muda individualmente, também o tempo, as instituições, os pensamentos, as ferramentas de trabalho, as perspectivas e, enfim, o contexto no qual vivemos, mudam. Assim, por exemplo, a cada quatro anos os graduandos do curso mudam quase por completo. Nesse sentido, o que deve, para a revista, ficar; o que deve, para a revista, significar?

As opções que se fizer para a vida (pessoal, acadêmica, institucional, periódica...) terão aspectos positivos, negativos e, talvez, parcialmente perceptíveis a apenas um par de olhos: terão consequências nesses mesmos termos. Cabe aos seus agentes encontrar, individual ou coletivamente, a melhor forma de escolher quando isso é inevitável e de administrar as consequências que advêm dessas opções. Entretanto, tais ações não devem deixar de representar interna e externamente às comunicações humanas, nas tantas situações da vida, a preocupação em garantir o motivo pelo qual se afirma a própria existência do que quer que seja... No caso da revista Graduando: entre o ser o saber, ciência e paciência para afirmar e para ouvir, tão necessários em qualquer atitude científica, também devem ser necessários aquém e além dos muros da universidade, dos anos de experiência e vivência, dos limites da própria vida.


* Danilo Cerqueira Almeida é licenciado em Letras Vernáculas, especialista e mestre e estudos literários pela Universidade Estadual de Feira de Santana (BA). Atualmente, é professor da rede estadual de ensino da Bahia e faz parte do conselho editorial da revista Graduando: entre o ser e o saber.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

O QUE A 'GRADUANDO' TEM A VER COM UMA GRADUANDA EM LETRAS DA UEFS?

Por Josenilce Barreto*


Depois de um bom tempo, resolvi escrever este texto para falar a vocês um pouco da minha experiência enquanto membro do Conselho Editorial e revisora da Graduando, revista da Graduação em Letras da UEFS. A minha motivação, nestas linhas, pauta-se não somente no fato de o nosso periódico discente ter completado, em 2017, aniversário de 7 anos, número simbólico, mas principalmente pela contribuição significativa que a Graduando tem prestado, inicialmente, aos cursos de Letras da UEFS e, agora, aos cursos de Letras do Brasil, já que temos visto e lido, nas últimas edições lançadas, inúmeros trabalhos de discentes de variadas universidades brasileiras.

Somente isso já é motivo de comemoração para nós. Contudo, inicio as próximas linhas com um relato de minha experiência desde o meu ingresso até o momento atual de minha participação e contribuição no processo de feitura e manutenção da nossa Graduando.

Era final de novembro de 2010, vésperas do lançamento da primeira edição da Revista Graduando, o qual aconteceria em 02 de dezembro daquele ano, período em que fui convidada por um dos fundadores do periódico para prestigiar o lançamento e, depois, começar a participar das reuniões, enquanto simples curiosa. Contudo, na época, eu estava com outros projetos em mente e, por conta disso, não dei muita atenção nem ao lançamento e nem ao convite de participação.

Passaram-se os lançamentos da primeira e da segunda edição da revista e, novamente, o mesmo criador e conselheiro do periódico me convidou para participar das reuniões, o que foi, para mim, uma grata surpresa. Aceitei o convite e, por curiosidade e sem compromisso assumido, resolvi ir à uma das ditas reuniões que acontecia aos sábados, na Biblioteca Municipal Arnold Silva, em Feira de Santana.

Ao final daquela reunião, entendi melhor a articulação e o funcionamento interno da revista e, em seguida, ainda me mandaram, via e-mail, alguns documentos sobre o projeto do periódico. Resultado: apaixonei-me pela proposta e pela “revolução” que aquilo proporcionaria, de fato, aos cursos de Letras da UEFS.

Após ler cautelosamente cada linha do projeto, constatei que provavelmente valeria à pena investir o meu tempo e energia naquilo, que me soava como uma proposta ousada e que já estava dando certo, posto que duas edições já tinham sido lançadas. Então continuei participando das reuniões, dando pitacos em tudo e, ao final, estávamos construindo diálogos, cujo objetivo era melhorar e ampliar a participação dos graduandos na terceira edição, que estava prestes a ser lançada. Nesse ínterim, lá estava eu toda envolvida, motivada e aprendendo com a revista coisas que nem as disciplinas da minha graduação, principalmente a de metodologia do trabalho científico, estavam me ensinando: como fazer/produzir um artigo, resenha, como fazer uma boa revisão, questões de normatização, leitura e discussão de ABNT, como funciona um periódico, o que cada revisor deve fazer etc. etc. Vi, de fato, uma oportunidade de aprender na Graduando coisas que eu não vi em muitas disciplinas da Graduação, o que de um lado me entristece e de outro me deixa feliz porque alguém (a Graduando) não me permitiu sair da graduação sem saber essas coisas!

Veio o lançamento da terceira edição, em 31 de maio de 2012, momento em que me senti extremamente feliz, porque eu estava colhendo os frutos de uma edição que eu ajudei a fazer, comemorada com o evento Os traços e trilhas da pesquisa em Letras que nós organizamos, no qual tivemos um público bem maior do que nas duas edições anteriores (o que pode ser verificado a partir das fotografias publicadas no site da revista, na página intitulada memória). A partir desta edição, fui integrada como parte do Conselho Editorial da revista e desde então continuo nesta função e na de revisora final, o que para mim é uma imensa responsabilidade.

Talvez muitos nem saibam o quanto a gente trabalha para manter e lançar regularmente um número da revista, mas, com certeza, todos devem saber que somos uma das poucas revistas discentes existentes no Nordeste e no Brasil, o que já é uma grande conquista. Entretanto, ao ler este textinho até aqui, vocês devem se questionar o por quê estou lhes contando essas coisas? A resposta é um tanto óbvia: porque a Graduando fez parte de minha formação acadêmica e profissional, assim como também o fez da de muitas outras pessoas que passam e já passaram pela UEFS, muitas delas já professores ativos.

Logo, falar da Graduando em um contexto em que muitos já a conhecem pode até parecer redundante ou desnecessário, mas não é! Quantas pessoas vocês conhecem que já publicaram ou colaboraram, nem que seja mandando uma fotografia para concorrer à capa da revista? Quantas revistas discentes vocês conhecem que, em 7 anos, já tem 11 edições, 10 lançadas e uma saindo por esses dias? Quantas revistas discentes vocês conhecem que começou a ser feita por graduandos e que ainda continua sendo, já que o graduando envia trabalho, publica, manda fotografia para a capa da respectiva edição, vota, escreve para o blog etc. etc.?

Pensando em tantas questões, decidi escrever este texto justamente para falar que uma dessas pessoas que começou como graduanda na revista fui eu e que, com o conhecimento adquirido a partir dela, muitas outras coisas aconteceram. Ao longo desses 7 anos (2010 a 2017), a Graduando já contribuiu para a formação de centenas de estudantes de Letras da UEFS e, da 10ª edição para cá, de estudantes de Letras de todo o Brasil, o que é, sem sombra de dúvidas, bastante significativo, haja vista que estamos em um contexto em que os graduandos já escrevem e leem bem mais esta revista do que no início dela!

Durante esses anos, muitos graduandos já se formaram, alguns deles já são especialistas e mestres, e outros no doutorado, como é o caso de alguns articulistas das primeiras edições, de alguns revisores e até da conselheira que vos escreve. Sendo assim, ver graduandos que passaram, enquanto leitores, articulistas, revisores e até conselheiros terem se tornado professores mais qualificados nos dá mais fôlego, e esperança aos que ainda vão ingressar nos cursos de Letras. Assim, quando presenciamos colaboradoras, como é o caso recente de Jéssica Mina e de Vanessa Pereira, serem aprovadas em cursos de mestrado, sentimos alegria e motivação para continuarmos contribuindo com a formação dos graduandos em Letras.

Como o próprio título deste texto diz: o que a Graduando tem a ver com uma graduanda em Letras? Muita coisa, não?! É preciso exercitar a escrita acadêmica e essa revista possibilita, entre outras coisas, isso aos graduandos em Letras, quando publica e divulga os seus textos nacional e internacionalmente.

E no caso da autora deste texto, é salutar, mais do que falar, agradecer a oportunidade que lhe foi dada pela Graduando, que me viu enquanto graduanda em Letras, depois especialista, mestra, professora substituta da UEFS, doutoranda em uma das melhores universidades brasileiras e professora da terceira melhor universidade baiana, segundo última avaliação da CAPES e do MEC. Mais do que agradecer, é preciso reconhecer a importância dos conhecimentos que me foram oportunizados dentro da revista, enquanto conselheira editorial e revisora de trabalhos.

Logo, no mínimo, o que se espera é que, assim como eu, outros graduandos também tenham a oportunidade de participar desta ou de outras revistas, de instituições administrativas como, por exemplo, o diretório acadêmico dos estudantes, de bolsas de pesquisa, de extensão ou de tecnologia etc., cujo interesse central do estudante de Letras seja o de aprender e amadurecer acadêmica e profissionalmente, e que esses aprendizados o levem a caminhos muito mais amplos do que os meus.

É com este desejo que quero encerrar 2017 e este texto: mais oportunidade aos estudantes de Letras! Dito isto, deve ter ficado claro o que a Graduando tem a ver com os estudantes de Letras, não é mesmo?


* Josenilce Barreto é graduada em Letras Vernáculas e mestra em Estudos Linguísticos pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). É professora da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) e também integra o conselho editorial da Graduando.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

EDITORIAL DA 11ª EDIÇÃO

Por Conselho Editorial*


Chegamos a mais uma edição da Graduando: entre o ser e o saber. É o momento de sentir a satisfação por mais um trabalho cumprido, na passagem de um ano de atividades planejadas, vivenciadas e comemoradas ainda mais agora, quando podemos perceber que o processo de leituras e releituras proporcionou um material que carrega, entre tantas ideias e motivações, a memória, a disposição, a solidariedade, a representatividade e o reconhecimento a todas e a todos os responsáveis por esta publicação periódica do curso de Letras da UEFS.

A história da revista pode ser contada pelas pessoas que fazem ou fizeram parte dos conselhos, comissão, equipes e colaboradores do periódico. Seu cotidiano de atividades, seus relacionamentos com cada (futuro) autor(a) de texto, cada avaliador(a), cada revisor(a), cada interessado(a) em saber a respeito das atividades da revista em espaços de comunicação e de divulgação como o e-mail, o Facebook, o blogue e presencialmente, cara a cara... são momentos em que se oferece ao outro em nosso diálogo a mensagem que carrega o conjunto de experiências, de visão moral e de ética sobre as atividades desenvolvidas pela revista. Essas pessoas, em seu(s) momento(s) de contato com alguém que faz ou fez parte de nosso periódico, podem saber informações de seu interesse, visando algum objetivo: um trabalho publicado, um texto divulgado, um apoio em assuntos nos quais o periódico pode ajudar. Também querem encontrar, mesmo que não explicitem em seu discurso, credibilidade, uma postura minimamente aceitável em relação ao que se deseja com o pedido, informação ou relacionamento. Destacamos a credibilidade, a confiabilidade em nosso periódico. Muitos e muitas confiam e muitos creditam nosso periódico discente de Letras da UEFS.

O primeiro idealizador da revista, creditado por sua professora de Literatura em sala de aula, teve a ideia de criar o periódico e teve o crédito de outras 4 pessoas. Estes 4 graduandos em Letras, mais o idealizador, organizaram o periódico e comunicaram professores e setores da UEFS sobre a ideia. Os 5 graduandos tiveram a confiança de todos os setores visitados para o apoio ao então novo projeto: uma revista acadêmica da graduação em Letras da UEFS. Ao longo desses sete anos, a vida afastou alguns de nossos idealizadores, creditadores e “confiadores”. Aos que nos foram afastados pela vida, resta-nos a memória, resta-lhes a memória, provavelmente uma das motivações sociais mais devastadas da (e não pela) cultura brasileira. Sempre estamos em processo tendencioso de realizar ações sem perceber o quanto a memória sobre o contexto da situação em que estamos pode mudar a decisão a tomar. Toda vez que a Graduando lança um número, sua memória vai sendo marcada em um número exponencial de pessoas, sempre à medida em que fazem da leitura, da revista, uma atividade confiável.

Toda pessoa que organiza, escreve, lê, avalia, revisa, colabora e incentiva a revista, confia no trabalho que é feito. O tamanho de nossa confiança no(a) graduando(a) em Letras, e em todas as pessoas envolvidas com o periódico, só aumentou nesse tempo de existência: dos estudantes de 2010 para os de 2017, do curso de Letras de nossa universidade para os demais cursos de Letras do Brasil. A confiança de muitas pessoas na revista tem aumentado nosso crédito na comunidade acadêmica, no reconhecimento ao trabalho realizado, com a citação em, pelo menos, mais de 50 trabalhos acadêmicos, entre artigos, monografias, dissertações e teses, como também em materiais pedagógicos e postagens de blogue; entretanto, o percurso da leitura e das letras pode ser identificado, descoberto, mas sempre parcialmente mapeável. De nossa parte, encontrar o possível sobre a receptividade à revista Graduando: entre o ser e o saber significa exemplificar uma troca de confiança: confiamos em vocês, leitores do mundo tocado pelo periódico, e vocês confiam em nós: confia-se a quem se pede e se confia ao que pede.

Trocar confiança, dentre as atividades humanas, é um dos comportamentos motivadores das relações sociais, e dos mais exitosos nas relações acadêmicas. Explicitando que as relações acadêmicas são sociais, de trabalho, muitas vezes intensificadas ao longo da vida, nosso projeto acadêmico de periódico tem angariado muitos “confiadores”. Nós confiamos na capacidade de leitura deles; eles passam a confiar em nós pelo conhecimento de nosso trabalho e de suas necessidades, sejam estas de cunho acadêmico ou não, do que podem perceber de nossa postura a partir da perspectiva em que estão. Nosso agradecimento deve ser sempre periódico, como cada letra que pode – e deve – ser reintegrada a cada nova palavra, a qual, assim, supre a necessidade de falar de nossa própria história, emergir-nos de nossa própria memória com a atualidade e a representatividade que o tempo, do qual também fazemos parte, precisa, mas que em muitas ocasiões nos apresenta na condição de minoria, marcada por inúmeras formas de violência. Todos os que escrevem ou falam, fazem-no em última análise para deixar um pouco de si para o que pode haver de semelhante no outro, no próximo leitor/ouvinte, num diálogo que os une enquanto povo que lê, que ouve, que compartilha, a exemplo do tema que marcou a XV Semana de Letras da UEFS, no ano de 2017, realizada pelo nosso Diretório Acadêmico de Letras: “Por letras que contem nossas histórias: o movimento da língua enquanto identidade de um povo”.


* O Conselho Editorial da revista Graduando: entre o ser e o saber, é formado por Danilo Cerqueira Almeida e Josenilce Rodrigues de Oliveira Barreto.

terça-feira, 4 de abril de 2017

GRADUANDO ALCANÇA 100.000 ACESSOS ! ! !




Amigos da Graduando,

É com muita satisfação que anunciamos a chegada do blog aos 100.000 acessos!

Essa é uma conquista construída e compartilhada com todas as pessoas que acessam e prestigiam o nosso trabalho.


Acesse o site ou o facebook para saber mais sobre nosso periódico

Muito, muito obrigada!
Equipe Graduando

sexta-feira, 27 de maio de 2016

MAIS DE 60 MIL ACESSOS NO BLOG!


É com grande satisfação que anunciamos que o blog da Graduando alcançou 60.000 (sessenta mil) acessos.

Agradecemos a todos e a todas que contribuíram e contribuem para que sejamos acessados e, consequentemente, lidos. 

Sentimo-nos orgulhosos do crédito e do reconhecimento ao nosso trabalho.

QUER SABER MAIS SOBRE A GRADUANDO?

ACESSE O NOSSO FACEBOOK E SITE

Muito obrigada!
Equipe Graduando

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A UM COMENTÁRIO ANÔNIMO 2

O seguinte comentário foi feito neste blog, na postagem “SOBRE UM CAPÍTULO DE ‘AULA DE PORTUGUÊS’”, texto cuja autoria é de um dos membros do conselho editorial da Graduando:


“Esse pessoal num larga o osso! A revista nasceu para ser veículo de promoção das atividades e das produções discentes da graduação, mas infelizmente essa galera até hoje não permite que os graduandos, como possam, desenvolvam-se no espaço da revista como esses que estão aí nos textos e nas fotos se desenvolveram... Lamentável!”


Depois de ler e discutir sobre esse comentário as ideias de seu conteúdo numa reunião do periódico, optamos por publicar um texto representativo da posição desta publicação acadêmica da Graduação em Letras da UEFS.

O texto do Anônimo registra que “esse pessoal num larga o osso!” Provavelmente o Anônimo dirige-se para o autor do texto, membro do conselho editorial, e demais licenciados em Letras Vernáculas, membros do conselho editorial e alguns colaboradores, pessoas graduadas em Letras pela UEFS e, agora, sem vínculo institucional com a graduação em Letras, motivo pelo qual provavelmente é utilizado pelo Anônimo a expressão “não larga o osso!”.

O Anônimo também escreveu, com expressiva convicção, que a revista nasceu para uma finalidade que não seria a que está realizando. Considerando o que entendemos sobre o que registrou no blog, propomos que seja necessário ao Anônimo e a todos os interessados em utilizar veículos públicos para emitir opiniões sobre a revista:

* Comparecer às reuniões do periódico – lá é possível conhecer, em fato, o que pensamos e fazemos pelo curso e para o curso, o quanto procuramos colaborar, na qualidade de revista, para a melhoria dos conhecimentos de leitura e escrita relacionados ao curso de Letras da UEFS, e, principalmente, para melhor ciência de realidade do graduando em Letras em relação ao conhecimento do próprio curso e das implicações relativas à própria prática acadêmica e profissional;

* Ler os editoriais das edições lançadas pelo periódico – neles, o conselho editorial apresenta, entre outras questões, sua visão a respeito de como tal contribuição acadêmica discente pode ser mais efetiva e incentivadora para o leitor do periódico, seja ele quem for, valorizando a área de estudo contemplada pela Graduando, os públicos incluídos na preparação, os espaços que colaboram para que pessoas e seus os textos se materializem em artigos e resenhas, reunidos e organizados em torno da publicação de uma instituição de ensino superior;

* Visitar o blog e o site da Graduando e acompanhar as atividades registradas ao longo dos 5 (cinco) anos de ações da revista – uma série de atividades de apoio e valorização definem a evidente postura colaborativa da revista para com o graduando em Letras da UEFS, consequentemente com o perfil profissional destas licenciaturas: 1) espaço para publicação de artigos e resenhas, com ou sem orientação; 2) possibilidade de participação em reuniões, além de colaboração e coordenação direta das atividades do periódico; 3) envio exclusivo de propostas de imagens para a capa do periódico desde a segunda edição; 4) espaço disponível para publicações não acadêmicas em um blog, como exercício de escrita e incentivo à leitura, espaço por meio do qual o graduando lê e relê o curso, pelo que é produzido, em muitos casos, por ele próprio (embora a publicação dependa de consenso do conselho editorial, nunca houve censura à publicação de qualquer texto);

* Conversar com pelo menos duas pessoas ligadas diretamente às atividades internas do periódico em seus 5 (cinco) anos de atuação, ou seja, membros e/ou ex-membros do conselho e colaboradores de quaisquer das edições, ou mesmo pessoas que participaram de qualquer reunião do periódico;

Julgamos que o comentário apresenta argumentações que não condizem com o que é proposto, discutido nas reuniões e realizado em nome da revista Graduando no curso de Letras da UEFS. Episódios em que membros da revista, como escreve o Anônimo, não permitem “que os graduandos, como possam, desenvolvam-se no espaço da revista como esses que estão aí nos textos e nas fotos se desenvolveram” são argumentativamente descreditados em nossas reuniões, nos momentos em que se discute as implicações de qualquer ação que represente a postura da Graduando. Se quaisquer de nossos membros e colaboradores comporta-se de maneira a restringir, intimidar ou censurar a participação de graduandos em Letras (ou mesmo de outros cursos), tal atitude não é defensável nem apoiada pelo Conselho Editorial do periódico (com participação efetiva da equipe de colaboradores), conselho caracterizado, como já citamos em um de nossos editoriais (6ª/7ª ed.), segundo a ABNT, como “[...] grupo de pessoas encarregadas de elaborar as diretrizes, estabelecendo o perfil político-filosófico-editorial de uma editora [ou publicação].” Nós, responsáveis pela elaboração deste texto, sabemos que a participação do graduando em Letras na vida social, cultural e acadêmica de nossa região ainda é insuficiente, em parte por conta da falta de projetos incitativos como este periódico, realizado de maneira voluntária e sem fins lucrativos, mas reconhecendo seu papel no cenário das exigências de nosso tempo. A Graduando atua, em suma, como julgamos demonstrar com nossas ações, com a coerência em valorizar o graduando em Letras e sua formação profissional, mas não exclui participação indireta na construção ética, social e política, na medida em que lhe cabe e como pode..
Nesse sentido, lamentamos e agradecemos a oportunidade em responder a tal comentário. Explicamos as duas posturas. Lamentamos pela ainda existência de opiniões que parecem atribuir ao periódico o julgamento sem um diálogo formal e contextualizado sobre prováveis motivações e esclarecimentos. Agradecemos porque, mesmo demandando tempo para a elaboração, apresentação, discussão, revisão e publicação deste texto, o mesmo também proporciona mais um ato de reafirmação do compromisso da revista com a sua área primeira e com o seu público-alvo, embora contemple graduandos em Letras de outras instituições a partir da 10ª edição: o estudante de Letras da UEFS.

Percebemos os erros cometidos enquanto grupo, segundo a citação que inicia a postura da revista no texto publicado sobre outro comentário em 2011, presente, inclusive, no perfil da rede social do autor do texto comentado em 2015:

“O pensador vê em seus próprios atos pesquisas e perguntas para obter esclarecimentos sobre alguma coisa: o sucesso ou o fracasso são para ele, antes de tudo, respostas.” Nietzsche, A Gaia Ciência.


Atenciosamente
Conselho Editorial
Equipe Graduando

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O conselho sobre o triângulo de um quarteto

Por Danilo Cerqueira*

Fonte: blog Palazzos Codomínios


Talvez quatro personalidades sejam necessárias para as formulações de um conselho: a idealista, a incentivadora, a pé no chão e a articuladora. Nesse quadripé formam-se e formulam-se ações para suportar as intempéries dos momentos controversos entre representatividade e coletividade. Falar de pessoas não é tão importante, em raríssimos momentos, quanto falar de suas personificações, características ou potencialidades. Creio que este é um dos tão pincelados momentos, porque o mais importante, no caso de uma revista acadêmica da graduação para graduandos em letras de nossa instituição pública, não deve ser a pessoa que exerce a função ou sua personalidade, mas o que de contribuição ela oferece para uma concretização reconhecidamente benéfica do projeto para o grupo criador, executor e atendido. Creio ainda mais que existe uma relação além das potencialidades de cada um, somente constatada quando há reunião e sintonia entre olhares e ideias, admirações e respeitos, mútuos, no espaço representativo e no seu público, ambos coletivos.

Quanto ao ideal e às ideias, elas formam as novidades, e estas movem os dias, o que seria uma redundância: todos os dias, por mais que não acreditemos, novos (ou renovos) pensamentos emergem de nossas cabeças. Um mesmo alimento, consumido diariamente, pode possuir normalmente as mesmas substâncias, mas a sua singularidade está, por exemplo, no momento em que o escolhemos e em nossa disposição quando o consumimos. Como ali-pensa-mentos, as ideias dão a certeza que não tivemos morte cerebral, embora às vezes pereçamos estar em um conhecido estado vegetativo (isso me lembra plantas, o que, pra mim, é uma confluência semântico-ortográfica com incoerência de sensibilidade).

O incentivo é tão importante quanto as ideias: sem estímulo para a criação e a execução das atividades (sair das raízes) propostas e planejadas (ou mesmo para a discussão), não existe grupo. Para estar numa constância, sentir vivacidade individual e coletiva, algo de não palpável ou objetivo precisa nos impulsionar. Um riso, uma palavra amiga, uma piada, uma pirraça ou uma personalidade pirotécnica são traços do que seria uma pessoa incentivadora. Ter isso em reuniões é, sem a demonstração forçada dessas características, um alento às agruras cotidianas em nossas lutas internas — e, paradoxalmente, para os outros e pelos outros.

Mas alguém precisa exercer a gravidade em torno da qual todos nós precisamos fazer as coisas, dizer que existe o mundo concreto e burocrático... que não se deve apenas combatê-lo com o pensamento positivo. Devemos mesmo agradecer a alguém por nos mostrar a dúvida entre o que nos pesa mais: a gravidade do mundo ou a gravidade das coisas, ou seja, a atração que a Terra exerce nas coisas (e pessoas) ou a força que as coisas exercem "na gente". Qualquer relação com o triângulo de incêndio não é mera coincidência. Assim, saber de nossas limitações (como também do meio em que estamos) é importante para transformarmos as ideias em ação de maneira estimulante, incentivando a continuidade e certeza de sucesso às próximas gerações.

Às próximas gerações... As próximas gerações precisam de provas de que as coisas dão certo... Essa talvez seja a tarefa mais delicada do projeto que se pretende permanecer. Ainda que os mais internamente envolvidos estejam certos de sua importância, é preciso provar e prover a segurança de sua continuidade por meio de uma forma de execução que contribua para a didática realização das atividades, na qual se vislumbre a certeza de que é possível para qualquer pessoa realizá-la, com alcance e êxito num futuro próximo e próspero. Esse espírito ou disposição para articular também precisa estar presente. Mesmo que tenhamos a ideia, o incentivo e a gravidade das coisas, onde estaria o momento de organização e feitura de nossas atividades? Como provocar em quem ouve e vê (ou apenas ouve ou apenas vê) a mesma determinação em aprender e contribuir com o que está à frente e ao alcance das mãos. Uma boa articulação, penso, deve ser, em nosso meio, entendível e promotora, insuflável e imperecível, didática e compartilhável. Imagino que a capacidade de demonstrar articulação inspira o compartilhamento da mensagem, o que proporciona a inebriante sensação de inclusão quando sentimos e quando comentamos sobre ela, ainda que a censura seja maior do que o elogio. A prova do entendimento marca a existência da articulação, fruto de que existiu (algum) planejamento. Nos casos exitosos, as ideias deixam de ser insossas, o incentivo passa da euforia ao entusiasmo... e o chão com a gravidade se combinam, formando o caminho e a perspectiva, a criatividade (mais idealista e animada) e a inteligência (mais realista).

Acho que acabei encontrando mais uma metáfora para meu texto: com quase 75% de água, calor humano, um planeta inteiro onde morar e ar quase à vontade, uma criança, brincando com um cone, começa a falar.

* Danilo Cerqueira é graduado em Letras Vernáculas pela UEFS, cursa o mestrado em Estudos Literários na mesma instituição e é membro do conselho editorial da revista Graduando.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Letrando da UEFS, envie imagens para a capa da 5ª edição

Olá graduandos e graduandas em Letras,


É com imensa satisfação que a revista Graduando informa que a nossa quinta edição está prestes a “sair do forno”. Por isso, gostaríamos de lhes informar que estamos selecionando fotografias, desenhos e imagens diversas, de autoria de graduandos em Letras da Uefs, para a capa da edição n. 5.

Diante disso, pedimos que enviem a(s) sua(s) sugestão(ões).

A Graduando se orgulha de ser uma revista feita para graduandos em Letras. E nada mais justo do que,  sempre que possível, dar a vocês o poder de ser parte dela.

O envio de sugestões deve seguir as seguintes regras:

ü     O tema escolhido para a capa é “Graduando, entre o ser e o saber, entre o semiárido e o sertão”;

ü     Só alunos da Graduação em Letras da Uefs podem enviar imagens;

ü     A imagem enviada pode ser de qualquer tipo (foto, desenho, colagem, pintura, arte digital...), contanto que seja de autoria daquele que a enviar;

ü     As imagens devem ser enviadas para o e-mail da revista, revistagraduando@gmail.com;

ü     O conselho editorial selecionará as imagens que passarão à fase de votação. Os critérios de eliminação serão: falta de qualidade da imagem, inadequação ao projeto e/ou descumprimento de alguma das normas acima;

ü     As imagens selecionadas pelo conselho editorial passarão por votação pública. A sugestão de capa mais votada será escolhida para a 5ª edição;

ü     As sugestões de capa estarão disponíveis para votação pública no blog da revista Graduando;

Aceitaremos imagens entre os dias 8 e 29 de setembro de 2013.

Então, graduandos, a Graduando mais uma vez conta com vocês!

sábado, 22 de setembro de 2012

PULSO, FORÇA E DELICADEZA: EIS O TRIPÉ QUE NOS MOVE

Por: Josenilce Barreto *
Pensar em qualquer tipo de trabalho sem nos depararmos com dificuldades é quase uma tarefa impensável! Trabalhos estes, que por vezes nos consomem, nos desgastam, nos corroem e nos forçam a ser e a fazer tudo (ou quase tudo) aquilo que desejamos ou que pensamos desejar.
Acreditar em um sonho é quando aquilo que tanto queremos se torna mais forte do que o que podemos fazer, digo isso porque em muitos casos queremos tanto persistir nesse sonho que temos que nos anular em certos aspectos. Penso que, muito mais do que querer é acreditar, é lutar, é ter pulso firme para prosseguir e delicadeza para recuar quando necessário. Pois é exatamente assim que me sinto quando penso na Graduando enquanto motivação dos meus, dos seus e dos nossos grandes e ferverosos sonhos acadêmicos, cujos pilares estão alicerçados na vontade de ver as nossas ideias sendo (re)colocadas através das mãos que escreve, da tinta e do papel que imprimem os nossos sonhos e ideais.
No entanto, é necessário antes de tudo acreditar no possível (porque ter uma revista nossa, dos estudantes de Letras da UEFS, é um sonho concretizado/ materializado), mesmo porque para que esse possível continue sendo efetivado precisamos ter pulso para prosseguir, força para resistir aos anseios de desistir - os quais algumas vezes são soprados em nossos ouvidos como que em um sopro trazido pelo nosso anjinho do mal, aquele que nos acompanha (rsrs) - e delicadeza para ser brando e sereno quando preciso for.
Não podemos nos deixar recuar diante das dificuldades que encontramos em nosso caminho ou como disse o sábio Drummond temos que ultrapassar as pedras que surgem em nossos caminhos/percursos, visto que é, acima de tudo, urgente a nossa efetiva e real colaboração e motivação para que a revista Graduando continue ativa e crescendo cada vez mais, pois é aquela que “transmite” a outros os nossos pensamentos, desejos, ideias, quereres, enfim. E para que isso continue acontecendo necessitamos de pulso, força e delicadeza em todo o trajeto, enquanto graduandanda, pois é a GRADUANDO que me move hoje e sempre.

Josenilce Barreto é graduada em Licenciatura em Letras Vernáculas pela UEFS, é mestranda em Estudos Linguísticos pela mesma universidade e integra o conselho editorial da Graduando

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Lentes, mãos, peso... ação!


Por Danilo Cerqueira*

Durante quase todas as edições, sempre ficamos encarregados de pegar os exemplares da revista na Imprensa Universitária (IU). Foram 250 exemplares nas duas primeiras edições. Na terceira foram 300. Nunca foram pegos ― e entregues ― de uma só vez.
Pegávamos as revistas em caixas. Quatro a cinco caixas, ao todo. Revezávamos o transporte da carga da IU até a sede da revista entre nossos “membros” do (de+o) conselho. Infelizmente não tínhamos (mais plural do que os dois ou três envolvidos no transporte da carga) um carrinho para carregar as revistas. Era tudo feito a braço, que nem texto à mão (digitado ― ou até, vá lá, datilografado ― também vale ― ou valeu). Pegávamos as publicações da graduação em Letras e, passo a passo, vencíamos (com algumas paradas) os quase trezentos metros que separavam o local da impressão das revistas até a sede do periódico acadêmico. Pode-se pensar, durante o trajeto, no conteúdo das caixas. Pode-se pensar sobre a própria caixa, com um conteúdo cheio de conteúdos: iguais, mas também tão diferentes na unidade de uma publicação.
É um pouco difícil descrever o andar carregando tantas revistas num espaço acadêmico. Sentir o peso delas não é como sentir o peso do conhecimento. Ou é?... Nessa aparente ambiguidade, o tédio de uma piada (re)batida pode ainda arrancar um novo sorriso? O peso também gera dor física, além de certo desconforto psicológico. Alguém nos vê com um olhar de estranhamento, como se dissesse: Por que vocês não pedem ou esperam por um funcionário com um carrinho? Não se pode esperar para exercitar o corpo. Também não se pode esperar para atiçar a mente. E, ainda, não se pode perder a oportunidade de aliar os dois, mesmo numa piada sem graça que pode suscitar um sorriso novo.
Um par de óculos quase sempre carregaram as revistas da IU até a sede. Sim, dois objetos chamados óculos se dispuseram a fazer isso, pelo menos, nas três primeiras edições da revista Graduando. Para muitos parecia estranho ver pessoas que não estivessem de azul e branco fazendo isso (talvez, quem sabe, a presença dos dois óculos também fosse um indício estranho). Talvez nos sentíssemos tão ligados à universidade quanto os que são, por causa dela, assalariados, de carteira assinada, concursados. Também passei num concurso: o vestibular! Meu contrato, minha matrícula. Meu tempo de serviço, minha graduação. Preciso dizer que temos colegas de trabalho na universidade? Ou de trabalhos? Assalariados certamente também oriunda de sal... Derivações prefixais e sufixais: metafóricas!
Mas os trabalhos visam um produto. O produto é a revista. O transporte da maioria dos exemplares tem sido feito, pelo menos até momento, com o andar de membros, desde a gráfica até a entrega. Isso não é motivo para que o esforço seja valorizado. É mais importante, suponho, ser uma atividade cuja motivação espera por ser compreendida.
Penso que estamos dando um bom destino ao dinheiro público publicando (mesma raiz etimológica! ― e rima também) a Graduando. Não somos "a menina que roubava livros" do "livreiro de Cabul", mas, dentro de nossa proposta (e público leitor), somos bem vistos enquanto publicação. Também estamos carregando a revista pelas veredas de outros grandes sertões. Serão os sertões maiores do que as veredas ou as veredas maiores do que os sertões? Por enquanto, apenas carregamos, damos os passos e pensamos. E, claro, escrevemos também.

*Danilo Cerqueira é graduado em Letras Vernáculas pela UEFS, aluno do mestrado em estudos literários, também na UEFS, e integra o Conselho Editorial da Revista Graduando.

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