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sábado, 17 de julho de 2010
Luzes Falsas
O escuro. Tudo o que era próximo e visível de repente sumiu, por alguns instantes. Instantes esses em que a escuridão desapareceu e foi tomada por uma luz muito mais bela e magnetizante do que a elétrica a qual estamos bobamente acostumados. E a sensação que ela trazia era a de mistério, e ao mesmo tempo despertava um impulso de correr para ver de onde ela vinha.
Eis que, ao correr para as janelas e ao nos depararmos com aquele espetáculo da natureza, percebi como elas são estonteantes e sempre estão ali. As estrelas! Elas formavam uma malha no céu que parecia ser um bordado incessante em um véu infinito. Foi necessário que todas as luzes do Nordeste estivessem apagadas para que nos déssemos conta do esplendor que estava ali o tempo inteiro, esperando que alguém olhasse para elas. Naquele momento, algumas pessoas se perguntavam atordoadas o que iriam fazer. Os computadores estavam desligados, as televisões, mudas. Tão triste saber que somos tão dependentes. Havia silêncio!
Naquele mesmo momento víamos tantas estrelas que não conseguíamos parar de olhar para o céu. Vaga-lumes voavam despreocupados, mesmo sendo observados. Como a noite é linda! Fascinante! As crianças exclamavam que nunca haviam visto o céu daquele jeito. Conseguimos ver duas estrelas cadentes deixando um rastro de fogo no céu. E quem era grande, voltou a ser pequeno. Ver todo esse espetáculo em plena cidade - que com luzes falsas no mantém iludidos aqui - era um verdadeiro milagre. Naquela noite, o céu queria a atenção de todos nós. Toda uma comunidade se viu obrigada a olhar, mesmo que por um segundo, a grandeza do que estava ali, diante dos nossos olhos. Qual o motivo? Não sabemos.
No dia seguinte os noticiários mostraram as razões da pane no sistema elétrico, os prejuízos que a pane causou às indústrias, aos sistemas de distribuição de água, e um problema atrás do outro. Relataram com precisão cada problema, cada coisa ruim que aconteceu. Infelizmente, não mostraram a beleza e magnitude do céu naquela noite. Mas quem viu, jamais vai esquecer o que presenciou, e isso, as luzes falsas não vão poder apagar.
Tayane de Paula B. Santos
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