Por Juliana Pacheco*
Para
entrar no clima de final de ano, nada melhor do que a resenha de um filme cheio
do espírito natalino, certo? Quase certo. O estranho mundo de Jack, filme que
traz no título original a referência ao natal, não é um filme sobre a festa
baseada na união das famílias, no espírito de confraternização, muito menos nos
momentos felizes que essas festas trazem. Não da forma tradicional.
Começamos
o filme nos dando conta disso, quando somos apresentados ao estranho mundo de
Jack, como o título nacional o chama, a cidade do Halloween. Jack é o Jack
Esqueleto, o rei dos sustos na cidade, uma espécie de celebridade que há anos é
reconhecido como o melhor na festa de Haloween. Mas ele está cansado
de tudo isso, entediado com a rotina que, ano a ano, não muda. O desmotivado
Jack encontra, sem querer, a porta que vai para outra cidade, a Cidade do
Natal, onde ele entra em contato com todas as coisas que ele não conhecia.
Neve? Presentes? Doces? Velas? E quem é aquele tal de Papai Noel?
Jack
decide que é disso que ele precisa para mudar sua vida. O problema é que ele
não consegue entender exatamente o que é essa magia que o Natal tem, nem
consegue explicá-la para os outros habitantes da Cidade do Haloween. A solução
é seqüestrar Papai Noel e fazer eles mesmos o Natal, para roubar esse sentimento.
O
filme foi produzido em stop motion (a técnica que feita com várias fotos dos
objetos, com pequenas mudanças no posicionamento, para fazê-los parecer estar
em movimento), em 1993.
Ainda que a técnica tenha evoluído muito desde então, é
incrível ver o trabalho realizado. Os três “mundos” do filme (a cidade do
Haloween, a Cidade do Natal e o nosso mundo – que também aparece, já no final
do filme) são extremamente complexos e bem criados, cheios de características,
detalhes e belezas próprios. O visual pode ser considerado o maior trunfo do
filme, já que a história contada pode não agradar a quem não é adepto dos
filmes de fantasia. Ainda, o fato de ser um musical pode desagradar quem não
gosta do gênero, mas as músicas criadas por Danny Elfman completam
perfeitamente a trama, dentro do clima sombrio próprio do produtor, Tim Burton.
Tim burton e os modelos dos personagens usados na produção |
Um
filme diferente pra quem não agüenta a overdose do “clima feliz de Natal” e
sabe que ninguém agüentaria 365 dias de musiquinhas, presentes,
vermelho-e-verde e decorações piscantes.
O estranho mundo de Jack (Nightmare before Christmas)
1993 - 76 min.
Direção: Henry Selick
Roteiro: Caroline Thompson (adaptado da ideia e de um poema de Tim Burton)
* Juliana Pacheco é graduanda em Letras com Inglês na UEFS e membro da equipe Graduando.
Vc escreve muito mal viu?! Afff
ResponderExcluirNem terminei, que horror!
Quem resenha quer decalcar!
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