Por
Wellington Gomes de Jesus*
Pequenas atitudes produzem grandes feitos, diz uma máxima popular. Não é de hoje que o senso comum interfere, na maior parte das vezes, de maneira positiva em nosso cotidiano. Especificamente, aquela máxima nos lembra uma atitude que, embora realizada a todo o momento, pouco atentamos para a sua importância em nossas vidas, o ato de planejar. O plano mais simples pode garantir um resultado muito melhor do que o esperado.
Planejar serve para economizar e
distribuir satisfatoriamente o tempo de que dispomos. Durante esse processo,
vamos descobrindo o que verdadeiramente queremos, vamos conhecendo os
elementos, as necessidades e as dificuldades que precisamos suplantar. Se vamos
ao supermercado e temos um orçamento apertado, por exemplo, costumamos dar
preferência a gêneros mais baratos, independente de marca. A questão está em
adquirir o necessário, e nada mais. Entretanto, necessidade e qualidade não
precisam caminhar separadas. Para tanto, é preciso lançar mão de um bom planejamento.
Como o exemplo supracitado é uma
realidade presente na vida da maioria dos brasileiros, o editor-chefe, on-line,
para o Wall Street Journal, Alan
Murray sugere algumas regrinhas para não se pagar mais caro por um produto do
que ele realmente custa. Segundo ele, nunca se deve pagar o valor de tabela, pois
é sempre bom barganhar algum desconto; recusar “vantagens”, porque volta e meia
alguém oferece itens supérfluos que fazem grande diferença na hora de fechar a
conta; não comprar por impulso, isto é, ponderar se a obtenção de determinado
bem ou serviço é de fato necessário e, por fim; mudar – ou ameace mudar, ser
levado pela opinião e poder de consumo dos outros pode nos levar a situações
bastante desagradáveis.
Aprendemos que é preciso “correr atrás”,
produzir, conquistar. E muitas vezes temos empreendido essas ações a qualquer
custo sem métodos ou critérios. Até mesmo sair do quarto para a sala é indispensável
dar passos sequenciados, pegarmos uma carona nos braços de alguém, usar um
skate, uma patinete entre outros; quase sempre estamos precisando de um método,
uma técnica ou um material para melhorar as nossas práticas diárias. Talvez
seja difícil para nós pensar em planejamento porque, quase nunca, conversamos a
respeito do assunto nas escolas, no ambiente familiar e também entre amigos. Administrar
o tempo, dinheiro, família, estudos se tornou um grande vilão de nossos tempos.
Planejar exige cautela, atenção e
bastante força de vontade. O professor de Administração e escritor, Jean Souto considera
que “o processo de planejamento é a principal ferramenta que as pessoas e as
organizações utilizam para lidar com as incertezas do futuro”. Assim, antes de
julgar a sua área de trabalho saturada, ultrapassada procure verificar o que
está ocorrendo para a falência da mesma e se não são as suas expectativas que,
buscando nos sucessos de outras áreas o que também é abundante na sua, não
enxergam as oportunidades latentes a sua volta. O escritor e executivo T. Harv
Eker comenta que “o principal motivo que impede a maioria das pessoas de
conseguir o que quer é não saber o que quer”. Por isso, planeje uma estratégia
de se unir aos mais bem-sucedidos de sua área, à qual já possui experiência,
habilidade e espontaneidade. Os professores Francisco José Masset Lacombe e
Gilberto Heilborn resumem o ato de planejar como “decidir antecipadamente o que, como, quando e onde fazer para se chegar a um objetivo
(ou alguns deles)”, por isso, Jean Souto lembra que “quanto maiores forem os
impactos das decisões tomadas hoje, mais tempo será necessário para o
planejamento”.
Uma ótima dica para começar qualquer
plano é atentar para a palavra hierarquia, procurando conhecê-la e
dominá-la, conceitual e fisicamente. Depois disso, planejar se torna menos
complexo, mais dinâmico e prazeroso, fugindo às armadilhas do provérbio japonês
que adverte “visão sem ação é sonho, ação sem visão é pesadelo”.
REFERÊNCIAS
E LEITURAS SUGERIDAS
EKER,
T. Harv. Os segredos de uma mente
milionária. Rio de Janeiro: Sextante, 2010.
MURRAY,
Alan. É melhor pesquisar os preços: você pagará caro se ignorar essas regras. Seleções: Reader’s Digest, set. 2001, p.
95-98.
LACOMBE,
F.J.M; HEILBORN, G. Administração:
princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003.
MAXIMIANO,
A.C.A. Introdução à administração. 6.
ed. São Paulo: Atlas, 2000.
SOUTO,
J. M. Técnicas de gestão. Indaial,
SC: Asselvi, 2006.
CURSO
*Wellington Gomes de Jesus é graduado em Letras com Espanhol pela UEFS, cursa especialização em Estudos Linguísticos na mesma instituição e é membro do Conselho Editorial da Revista Graduando.
Parabéns, Wellington!!!
ResponderExcluirTexto lindo e pertinente!
Que bom você haver gostado. Muitíssimo obrigado pelo comentário.
ExcluirEste é meu Hermano, vc broca!!!!
ResponderExcluirNão tanto quanto você, Hermanito. Você quem é o Homem das LeTrAs. Um abraço forte, e muito obrigado por comentar.
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